segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

3 Meeedos ... e uma coisa legal (post absolutamente sem sentido)

Resposta da Karina ao ser indagada se sentia saudades das provas do Djalma: sim.

Meeedo ...

Cruzo com um gato preto, numa noite fria e levemente nublada, de lua cheia, e perto da meia noite.

Meeedo ...

Algumas máquinas de lavar roupa daqui, chamadas de Robotran, são automáticas. Elas separam as roupas, colocam sabão, secam e te avisam pela internet que estão prontas. Há uma sala vazia, sem portas, atrás da máquina. Às vezes elas rasgam as roupas. Talvez raptors manuseiem as roupas.

Meeedo ...

Japoneses jogando ping-pong versão Matrix:


Legal!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Rue du Chat qui Pêche

Estou feliz!

Fui à Paris no último fim de semana! Tá certo que o próximo fim de semana já quase que chegou, mas não consegui escrever nada antes, ou ao menos não achava como escrever ...

Quero evitar usar os clichês de sempre - Oh, Como Paris é bonita, e blá blá blá -, mas é um pouco difícil. Imagine a situação: pego um metrô, junto com alguns veteranos, o trem é completamente comum, não vejo nada no caminho além de túneis escuros, a estação em que desço é completamente comum, subo uma escadaria comum e a primeira imagem que vejo de Paris fora do subsolo é o Arco do Triunfo. Como eu posso evitar os clichês!? Ainda assim vou tentar de todas as formas segurar minha vontade de escrever um clichê.


...

...

... Tá, minha vontade de escrever o clichê é mais forte que eu: Paris é uma cidade muito bonita - e ainda por cima o dia estava bonito.

O passeio não foi algo que posso chamar de turístico. Fui na Torre Eiffel, no Champs-Elysée, no museu do Louvre (estava fechado, mas deu pra ir na pirâmide) ... mas não foi do jeito turístico, e pessoalmente estas não foram as melhores partes. Andamos pela cidade, à pé e de metrô. Atravessamos toda a Champs-Elysée, saindo do Arco do Triunfo. Em seguida, fomos até a Torre Eiffel, à pé, andando por um caminho entre as casas. Não há como descrever esta arquitetura - não a das grandes obras, mas a dos prédios baixos e ruas, construídas tanto tempo atrás e tão diferentes de tudo que vi. Acho que isso valeu mais até do que ir na própria torre.

Enfim, chegamos em um jardim, com a Torre Eiffel no meio, justamente quando o sol começava a se pôr, e a torre começa a ser acesa.



Neste ponto, pegamos um metrô, e depois de uns 30 minutos de viagem (troca de estação aqui, pega o metrô lá ...), descemos em uma estação perto de uma barraquinha de crepes. Tudo isso só por causa de uma barraquinha de crepes! Porém, de acordo com um dos veteranos (chamado Arthur, e que às vezes me lembra o LoRo e o Foca), ela é a melhor de Paris! Trata-se de uma barraquinha em frente ao Sena, em uma parte da cidade com quase ninguém na rua à essa hora (são umas 7, 8 horas da noite). Só há essa barraquinha aberta, nenhuma outra por perto. Ainda por cima, o cara que faz os crepes não é francês, é um grego, e coloca queijo fêta em quase tudo. Enfim, um lugar completamente não-turístico - mas que o crepe é bom, é!

Combinamos de encontrar outros dois veteranos no Louvre, a Karina, do IFSC, e o Raphael. Ao chegar no Louvre, surpresa! Mesmo com o museu fechado, podemos entrar nas pirâmides. O motivo? Há um tipo de mini-shopping na área da pirâmide invertida! Quando vi isso, a cena do Tom Hanks se ajoelhando na frente do "túmulo" de Maria Madalena veio à minha cabeça, e ficou um pouco cômica.


E, é impressão minha, ou acabei de contar o fim do Código da Vinci?

De qualquer forma ...

Finalmente, fomos ao Quartier Latin. É neste bairro - próximo à igreja de Notre Dame - que estão várias universidades clássicas de Paris. Porém, era noite, e algumas pessoas não tinham comido ainda. Fomos à uma parte do bairro cheia de ruelas estreitas, nas quais carros não conseguem passar.


Novamente, é o pequeno que impressiona mais que o monumental. Ruelas e ruelas abarrotadas de pessoas e painéis de restaurantes, restaurantes de todos os tipos: gregos, latinos, chineses, franceses ... . E todas estas ruelas se abrindo em ruelas menores ainda e serpenteando em todas as direções. Viramos em uma esquina e de repente toda a cacofonia e luzes piscando somem. Estamos em um lugar completamente diferente e ao mesmo tempo idêntico às ruas dos restaurantes. Trata-se de uma rua bem estreita e calma. Nos sentamos pra conversar, na calçada mesmo. De lá, podemos ver o Sena e, do outro lado do rio, Notre Dame. Até o nome da rua é, no mínimo, curioso: "Rue du Chat qui Pêche", ou "Rua do Gato que Pesca".

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Primeiras impressões

Caramba, como começar este post?

Esta foi minha primeira semana fora do país, morando realmente fora de casa. É tanta coisa pra dizer que não sei como começar ... tá, já sei como começar: faz muito frio aqui!

... pensando bem, isto não é uma boa descrição (mas foi minha primeira impressão) ...

Tentando de novo ... há muita burocracia. Praticamente, a primeira semana foi preenchida com sessões de preenchimento de papéis (desculpe o trocadilho ...).

... tá, isso não é muito excitante, e certamente não mostra o que estou sentindo ...

Mais uma vez. Acho que achei o fio da meada (é assim que se escreve?). O lugar e as pessoas são muito diferentes. Mesmo entre os brasileiros não é aquela coisa uniforme, seja entre os bixos ou os veteranos. O que dizer então dos chilenos, russos, romenos e franceses (não conheci muitos chineses)? Todos tem idéias e culturas diferentes, e o bom é que todos estão buscando se integrar - preservando suas origens, é claro.

Para ajudar nisso tem o programa de Parrains (padrinhos). Basicamente, um veterano é designado pra ajudar um bixo, e os dois são de nacionalidades diferentes. Isso quase que obriga o uso de francês e ajuda a conhecermos a escola. Minha marrain (seu nome é Clotilde, e ela é francesa) esta me ajudando muito e é muito simpática.

E quanto ao lugar? A X (é assim que a Polytechnique é chamada aqui) fica literalmente no meio do nada, em cima de um platô. A cidade de Palaiseau fica no pé deste platô, e dá pra chegar lá descendo uma escada de uns 400 degraus (o número exato de degraus é um grande motivo de discussão aqui) e uma rampa bem íngrime. Ainda bem que a estação de trem (que vai até Paris) é logo na saída da escada. OK, descer este negócio é fácil, mas e subir? E ainda por cima com compras? Não é à toa que os esportes são compulsórios. Ainda assim, a paisagem é muito bonita, com árvores em todo o entorno do campus. Um dia desses, chegamos a ver até uma raposa nas escadarias. Há muitos pássaros no lago (que, por sinal, congelou parcialmente ontem de manhã).

Quanto às festas, é um pouco estranho, mas legal. Não há tantas daquelas grandes festas como as da USP, mas praticamente toda hora há algum evento ou festinha no BôBar (o bar dos alunos). Hoje no almoço teve um debate em inglês, hoje vai ter um quiz à noite, enquanto que no dia 14 (dia dos namorados aqui) teve um show de samba amador (tocaram até "Trem das 11" e Chico Buarque!) e de salsa, muito legal. Nenhuma destas coisas vai até tarde, e a entrada é de graça. A participação dos alunos nestas coisas é muito grande, independente do ano de entrada ou nacionalidade. Ao menos é o que me pareceu, comparando com a participação dos alunos na USP (não, eu não quero começar aqui uma discussão interminável sobre a relação diretoria - centro acadêmico - comissão estudantil - estudantes da USP).

A comida é bem diferente. No bandejão paga-se pelo item que se pegou, e há uns 3 ou 4 pratos principais por almoço. Disparado, o que mais estranho é o bife. Eles dão uma torradinha de um lado, torram o outro, e pronto: o bife no ponto dos franceses faz qualquer bife mal passado brasileiro parecer bife carbonizado! Mas, em geral, a comida é boa (teve paella com uns 6 ou 7 mariscos por porção outro dia!) e dá pra se comer bem por uns 3 euros no bandejão (aqui, isso é bem barato: uma pizza pequena, individual, de muzarela custa 6 euros!).

Os alojamentos são bons. São um tanto antigos - osq ue vamos usar durante o curso -, mas são bons. Os quartos não tem banheiro, só uma pia. Os chuveiros e privadas são comunitários (uns 10 de cada por andar). Ainda assim, digo que são bons porque os prédios não estão caindo aos pedaços, e os quartos são individuais.

"Basicamente", é isso. Tem muitas outras coisas que quero contar, mas este post já tá muito longo, então, fica pra próxima. Queria colocar fotos, mas como eu tinha que esquecer algo, por motivos de razão maior e desconhecida por mim, acabei esquecendo o cabo da máquina fotográfica ... : (

Até mais!